FEBRE
ARQUIVÍSTICA
Efemeridade Persistente
ARQUIVOS DIGITAIS
OBSOLESCÊNCIA
FRAGILIDADE
MEMÓRIA
APAGAMENTO
The conditions of use and access that [digital materials] enable may make it possible for everyone from high schoolers to local historians to become archive builders and archival researchers. But, for the very same reasons, digital assets are volatile […] Every burial ground needs to be cared for continuously if it is to endure.
Jeffrey Schnapp, Buried (and) Alive, 2016
Apesar da sua aparente imaterialidade, a preservação dos dados online tem vindo a ser refutada por fenómenos como a obsolescência digital, o desaparecimento de conteúdos, a rotura de links e a degradação de formatos de arquivo, associados à impermanência da Internet. Autores como Abigail Kosnik e Wendy Chun evidenciam como os arquivos digitais, frequentemente considerados enquanto espaços de acumulação e controlo, são essencialmente fragmentários e sujeitos a perda. Como tal, o seu desaparecimento tornou-se uma parte inevitável da experiência digital.
Febre Arquivística: Efemeridade Persistente propõe uma reflexão sobre a fragilidade da memória coletiva digital a partir de uma investigação de modelos de arquivo. O projeto consiste numa plataforma que assume as suas próprias falhas e limites, como um arquivo efémero e instável. Organizado por palavras-chave que funcionam como filtros, o conteúdo é constituído por excertos textuais que ilustram os conceitos abordados. Estas ideias são reforçadas pelas metáforas visuais da interface, que expõem a obsolescência digital de conteúdos que se fragmentam, se deslocam ou conduzem a ligações quebradas.
Mais do que repositório estável, este arquivo propõe uma experiência instável e impermanente, que, ao aceitar a efemeridade como parte do processo de arquivamento, questiona a preservação, ou o que se escolhe manter ou apagar.
The conditions of use and access that [digital materials] enable may make it possible for everyone from high schoolers to local historians to become archive builders and archival researchers. But, for the very same reasons, digital assets are volatile […] Every burial ground needs to be cared for continuously if it is to endure.
Jeffrey Schnapp, Buried (and) Alive, 2016
ARQUIVOS DIGITAIS
OBSOLESCÊNCIA
FRAGILIDADE
MEMÓRIA
APAGAMENTO
Apesar da sua aparente imaterialidade, a preservação dos dados online tem vindo a ser refutada por fenómenos como a obsolescência digital, o desaparecimento de conteúdos, a rotura de links e a degradação de formatos de arquivo, associados à impermanência da Internet. Autores como Abigail Kosnik e Wendy Chun evidenciam como os arquivos digitais, frequentemente considerados enquanto espaços de acumulação e controlo, são essencialmente fragmentários e sujeitos a perda. Como tal, o seu desaparecimento tornou-se uma parte inevitável da experiência digital.
Febre Arquivística: Efemeridade Persistente propõe uma reflexão sobre a fragilidade da memória coletiva digital a partir de uma investigação de modelos de arquivo. O projeto consiste numa plataforma que assume as suas próprias falhas e limites, como um arquivo efémero e instável. Organizado por palavras-chave que funcionam como filtros, o conteúdo é constituído por excertos textuais que ilustram os conceitos abordados. Estas ideias são reforçadas pelas metáforas visuais da interface, que expõem a obsolescência digital de conteúdos que se fragmentam, se deslocam ou conduzem a ligações quebradas.
Mais do que repositório estável, este arquivo propõe uma experiência instável e impermanente, que, ao aceitar a efemeridade como parte do processo de arquivamento, questiona a preservação, ou o que se escolhe manter ou apagar.
Diana Pinto