SOBRE A

(IN)VISIBILIDADE

No Éter da Internet

INVISIBILIDADE

OFUSCAÇÃO

LÓGICA ALGORÍTMICA

AUTOMATIZAÇÃO

ESPECTRALIDADE

It no longer makes sense for artists to attempt to come to terms with "internet culture," because now "internet culture" is increasingly just "culture." […] The term "Post-Internet" positioned the artistic creation process "after" or structurally outside of the internet, while acknowledging that the artist was a compulsive participant in internet culture. […] The outside is not presumed to exist.

Michael Connor, What's Postinternet Got to Do with Net Art?, 2013

Sobre a (In)Visibilidade aborda a invisibilidade involuntária nas redes digitais contemporâneas. Explora como imagens, dados ou presenças online, são sistematicamente excluídos da perceção humana, não por escolha, mas por força de algoritmos. Esta invisibilidade não representa uma ausência, mas um funcionamento silencioso, técnico e estrutural da imagem na era da automação.

A invisibilidade, neste contexto, é dupla: voluntária, como estratégia de resistência (ofuscação, ocultamento, desaparecimento performativo); e involuntária, como condição imposta por sistemas algorítmicos, por censura automatizada ou excesso de produção. Trata-se de uma presença espectral, uma imagem sem corpo, um rasto sem origem, um dado sem interpretação. O invisível não é ausência, mas modo de operação: indexado, arquivado, descartado.

O projeto não procura restaurar o que foi apagado, mas questionar os critérios que definem o que merece ser mostrado. Visa reintroduzir no campo da experiência aquilo que a lógica algorítmica removeu do visível. Num momento em que a visibilidade é moeda de valor e vigilância, a invisibilidade pode ser tanto uma condição imposta quanto um gesto político. O projeto sugere, assim, que observar o apagado é também uma forma de resistir. E lembrar que, mesmo sem ser visto, algo continua a acontecer.

Mariana Martins
PT / EN

SOBRE A

(IN)VISIBILIDADE

No Éter da Internet

Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 Imagem 4

It no longer makes sense for artists to attempt to come to terms with "internet culture," because now "internet culture" is increasingly just "culture." […] The term "Post-Internet" positioned the artistic creation process "after" or structurally outside of the internet, while acknowledging that the artist was a compulsive participant in internet culture. […] The outside is not presumed to exist.

Michael Connor, What's Postinternet Got to Do with Net Art?, 2013

INVISIBILIDADE

OFUSCAÇÃO

LÓGICA ALGORÍTMICA

AUTOMATIZAÇÃO

ESPECTRALIDADE

Sobre a (In)Visibilidade aborda a invisibilidade involuntária nas redes digitais contemporâneas. Explora como imagens, dados ou presenças online, são sistematicamente excluídos da perceção humana, não por escolha, mas por força de algoritmos. Esta invisibilidade não representa uma ausência, mas um funcionamento silencioso, técnico e estrutural da imagem na era da automação.

A invisibilidade, neste contexto, é dupla: voluntária, como estratégia de resistência (ofuscação, ocultamento, desaparecimento performativo); e involuntária, como condição imposta por sistemas algorítmicos, por censura automatizada ou excesso de produção. Trata-se de uma presença espectral, uma imagem sem corpo, um rasto sem origem, um dado sem interpretação. O invisível não é ausência, mas modo de operação: indexado, arquivado, descartado.

O projeto não procura restaurar o que foi apagado, mas questionar os critérios que definem o que merece ser mostrado. Visa reintroduzir no campo da experiência aquilo que a lógica algorítmica removeu do visível. Num momento em que a visibilidade é moeda de valor e vigilância, a invisibilidade pode ser tanto uma condição imposta quanto um gesto político. O projeto sugere, assim, que observar o apagado é também uma forma de resistir. E lembrar que, mesmo sem ser visto, algo continua a acontecer.

Mariana Martins